Desde o final do século XIX, os festejos de Carnaval, sobretudo no Rio de Janeiro, eram animados por blocos, agremiações informais de comunidades, várias delas dos morros, onde viviam os sambistas.
Esses blocos estão na origem das escolas de samba. Boa parte de uma estrutura de uma escola, como a presença de carros alegóricos, do mestre-sala, do porta-estandarte, veio daqueles primeiros blocos. No Rio, os blocos mais conhecidos eram os Tenente do Diabo (criado em 1855), os Democráticos (criado em 1867), os Fenianos (criado em 1896) e os Pierrôs de Cavena (1925). Mas havia centenas de outros.
As escolas de samba foram surgindo a partir da fusão desse blocos. A primeira delas foi a Deixa Falar, criada em 1928 no bairro carioca do Estáco de Sá, um reduto de sambistas. Na realidade, ainda era um bloco, mas como nas imediações havia a Escol Normal, um de seu fundadores, Ismael Silva (1905-1978), referiu-se ao bloco como "escola" de samba, cunhando a expressão.
Quanto aos desfiles no Rio, começaram em 1932, por iniciativa do jornal O Mundo Esportivo, que promoveu o evento. A invenção dos desfiles é aatribuída ao jornalista Mário Filho, irmão do dramaturgo Nelson Rodrigues e, juntamente com Ary Barroso, um dos incentivadores do estádio do Maracanã.
Musicalmente, os sambistas do Estácio faziam um samba mais batucado, já sem a influência orquestral do maxixe. Esse samba de segunda geração, mais sincopado, africanizado e adequado para desfilar na avenida, seria dominante nas décadas seguintes.
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